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Letras de músicas - letra de música - letra da música - letras e cifras - letras traduzidas - letra traduzida - lyrics - paroles - lyric - canciones - REPENTE DO SEBASTIãO - TUBARãO MARTELO ROCK BLUES - música e letra

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Repente do Sebastião letra


Eu tô chegando faço verso no repente
E tenho pra minha gente uma história pra contar
Uma história de vida tão desgraçada
Ô peste tão disgramada, se prepara pra escutar
Quando eu nasci no meio da seca virgem
Minha mãe tinha vertigem por conta de
Muito Sol
Tava voltando para terra de origem
Lá com a Santa Edwirges na estrada muito pó

Eu nasci seco com uma perna muito fina
Mamãe era Serafina e meu pai era João
E desde cedo essa era minha sina
Tomando banho de tina uma vez por mês tá bom
Filho mais novo naquele tão mau momento
Tinha que arrumar sustento para eu e dez
Irmãos
Josefa, Cláudia, Zeferino, Adamastor
Olegário, Pedro Paulo, Agripino e
Conceição
Pra completar Mariana Cruz Fonseca
Menina da perna seca e faltou eu Sebastião

E pra comer tinha que caçar no mato até
Sola de sapato nos servia pra fartar
Calango, grilo, a gente fazia a cata, rato
Perna de barata, tá na hora de almoçar
Eu fui crescendo e fui trabalhar na roça
Minha mãe já quase morta de ataque do coração

Mas o serviço ela sempre continuava, dava
Duro não parava, era o nosso ganha pão
Lutava sempre para ter nossa terrinha
Era o sonho que pai tinha
Esse era nosso drama
Pra completar Cláudia vira prostituta
Mudando sua conduta e por dinheiro vai
Pra cama
Eu fui crescendo e fui ficando revoltado
Já estava bem cansado de ralar pra "coroné"
Da minha terra eu saí de mala e cuia e
Andando feito tapuia
Na estrada botei pé

Subi num trem, fui pro Rio de Janeiro
Era mês de fevereiro, era tempo de verão
Fui esperando que ia ganhar dinheiro
Bem depressa, bem ligeiro, melhorar a
Situação
Era tão grande, uma selva de cimento
Mas que arrependimento de ter saído de lá
Mas eu sou bicho, cabra macho, tenho
Nome
Vou mostrar que eu sou homem, tô aí, vou
Encarar!
Então um dia eu vou ter felicidade
Bem aqui nessa cidade vão me chamar de
Doutor
Passou dois anos e o que eu pude arranjar
Foi um barraco pra morar e um cargo de
Estivador
Até que um dia arrumei uma graninha
Foi quando uma vizinha
Me arrumou um tal biscate
Pra entregar encomenda de embrulho
Era um tal de bagulho para uma tal boate
Passei um mês entregando o dito cujo
Me chamavam de marujo, marinheiro do
Pacote
Até que um dia os home me deram prensa

Pois o crime não compensa
Então eles me deram um bote
E os meganha comigo pintaram o sete
Me meteram o cassetete e uns dezoito bofetão
Lá na cadeia os home fizeram ficha
Me prenderam com duas bichas e me
Jogaram na prisão
Desesperado a cabeça dava nó, e eu
Naquele xilindró
Não parava de pensar
Cidade grande agente só se enterra, vou
Voltar pra minha terra
Vou deixar esse lugar

Mas minha gente essa foi a minha história
Que eu trago na memória desse mundo
Ordinário
Mas hoje em dia sou bandido e vivo disso
Pois ninguém quer dar serviço para um ex
Presidiário
E toca o fole sanfoneiro por que quem
Atravessar no meu caminho
Eu passo é por cima!!!

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